domingo, 12 de abril de 2009

Capítulo 25 - Trapalhadas em Torino (4-4)

Namaste!!!


Feliz Páscoa pra todo mundo!!


Foi mal ter "abandonado" o blog nessas últimas semanas, mas é que dá bem mais trabalho escrever aqui do que parece, é só ver o número de pessoas que começam a escrever um blog e o abandonam. Pois é, dá trabalho camarada.

Eu vou continuar com o mochilão (já que é a parte mais esperada), mas antes eu vou citar algumas coisas que aconteceram nessas últimas semanas só pra servir de esquente:

  • Viagem à Stirling (visitando o berço do orgulho escocês)
  • Viagem pra Reserva Florestal (4 quedas em solos diferente - marca impressionante)
  • Entrevista no British Council (completamente ensopado, enlamaçado e engramado)
  • Compra das passagens pros próximos dois mochilões (oeeee \o/)
Só pra me servir de recordação quando eu estiver relendo todos os posts no futuro. :)

Nos próximos posts eu entro em detalhes sobre algum desses tópicos.
E antes de seguir pro que interessa, eu decidi escrever mais sobre como foi a viagem em si, sem me preocupar só com as estórias, até porque tem gente que procura esse tipo de blog pra ter informações sobre as cidades, gastronomia, onde ir, onde não ir, etc.

Ha, eu prometo que eu vou criar vergonha na cara e editar os vídeos do mochilão logo, enquanto isso, fiquem com o vídeo da partida de rugby:




Chega de papo, vamos lá...





Na mesma noite que aconteceu a briga entre gangues de mudos, eu estava andando pela cidade sozinho, como vocês já sabem (pelo menos quem leu os posts anteriores). E as duas estórias a seguir são a respeito dessa mesma noite (ela foi bem agitada, não?).



Dia 22-10 -> Focaccia


Antes de contar a última estória sobre minha passagem sobre Turim (essa aí embaixo), eu tinho que falar que minhas experiências gastronômicas na Itália não foram um fracasso total. Réééé :P

Lá estava eu andando pelas ruas milenares de Torino (ou Turim, mas em italiano soa mais massa)
, carregando os apetrechos de guerra de todo viajante, bem interessado na ornamentação diferente de natal. Aliás, essa ornamentação que eu estava observando foi posta por toda a extensão de uma rua entre duas galerias. Eram várias faixas luminosas, contendo uma frase cada uma, e juntas formavam uma história lá (você não esperava que eu tivesse entendido alguma coisa né?).
Pois bem, seguindo com meu passeio noturno, logo deu a hora de comer. Se achar uma pizzaria de tarde no centro já tinha sido tarefa difícil, agora de noite (já era umas 22h) seria impossível. Comecei a procurar e, pra minha surpresa, logo na segunda rua estreita eu já achei. Era uma mistura de restaurante com lanchonete, bem simples, mas a opção foi providencial. Além do mais, o cheiro que saía do forno a lenha (que ficava a amostra pros clientes) deixava o estômago em estado de nirvana.

-(ligar MEU sutaque italiano - algo como o do william bonner :P) Parla inglese?
-Yes, i do.

Nossa, acho que foi o primeiro italiano que me deu uma resposta afirmativa pra pergunta acima. A propósito, essa foi a frase que eu mais usei na Itália, mas foi pura perda de tempo kekekek.

-O que é isso?
-Focaccia. Quer de qual?

O cara tinha vários tipos, cada um mais cheiroso que o outro. Como eu nunca tinha comido, preferi pegar o com mais chances de sucesso, o de 4 queijos.

Cara, sabe quando você está com muita fome e está vendo sua comida preferida ser trazida do fogão e colocada à mesa, bem na sua frente? Sabe aquele sensação de estar a apenas uns segundos do paraíso? Pois é, foi mais ou menos assim quando eu dei a primeira mordida. O negócio num é pouco bom não véi!!!!!! Eu comi uns 3 ou 4 kekekekekekeke. Taí, se vocês forem em alguma casa de massas, peçam Focaccia e vocês não vão se arrepender (e eu espero que o nível seja o mesmo do que eu comi pra eu não passar por mentiroso).


Espero ter a chance de experimentar mais alguma iguaria italiana antes de voltar... quem sabe :)...




Dia 22-10 -> Scusami


Aleluuuuuuuuuuia, vou terminar a parte de Torino, num aguentava mais...

Depois de me empanturrar de Focaccias e andar mais um bucado pelas ruas escuras da cidade (aliás, tem muita coisa massa na cidade. Pra quem não sabe, ela foi a primeira capital da Itália unificada, daí ela foi palco de muita coisa) eu decidi esperar pelo Fede mesmo.

Depois que eu voltei pra praça, e que a briga de gangues aconteceu, eu decidi procurar um lugar com mais gente e onde eu pudesse fugir do frio. E lá estava a salvação da lavoura, um bar bem na esquina. Perfeito, vai dar até pra ver quando o Fede chegar. Não contei conversa, fui logo entrando.

Putz, essa hora pareceu cena de filme de velho oeste, eu abri a porta bem na hora que a música que estava tocando parou, todo mundo virou pra mim na mesma hora kwekwekwkewkekw.
Não dá pra deixar de pensar que você acabou de fazer alguma merda bem grande nessas horas... mas por sorte foi só uma coincidência infortunada.

(Clique para ampliar - Foto meramente ilustrativa)

Tratei de entrar logo numa parte com menos gente pra ver se as atenções voltavam o mais rápido possível pra "atração" anterior a mim.
Passado meus 15 segundos de fama, eu percebi que estava passando um jogo na TV e acabei me distraindo com ele.

Abrindo um parêntese aqui, foi nesse bar que tinha a pia abaixo:


Putz, eu juro que passei um tempão pra achar onde ligava ela. A bacia é gigante, e quando você tá próxima a ela, não dá pra ver o desgraçado do pedal. Mas depois dos esclarecimentos de Dra. Paula, até que faz sentido usar esse tipo de acionador.

Abrindo um segundo parêntese, é muito mais massa ver as fotos dos álbuns no orkut depois de saber das estórias que elas contam, né?

Voltando...

Lá estava eu sentado vendo o jogo e o tempo passando. Daqui a um tempo, chega a garçonete falando comigo. "Lá vai eu ter que fazer mímica pra ser entendido, quer ver... Opa, dessa vez achei alguém que fala inglês". A atendente veio me dizer que eu tinha que pedir algo pra poder continuar usando a mesa do bar. "Claaaaro, como eu poderia me esquecer desse detalhe?"

-Beleza, pode me trazer o cardápio?
Daqui a pouco vem ela com o atirador de facas.
Rapaz, pra onde eu olhava no menu era facada. A coisa mais barata que eu achei foi a água, e eu lembro que eram 3 euros. 3EUROS por uma garrafinha de água?? Eu lembro que em Campina o cara paga menos que isso por um galão de 20L kekekekeke. Sem condições né?

Depois de enrolar o máximo possível, eu fui literalmente EXPULSO do bar. A mulher me convidou gentilmente a me retirar do bar.


Tá certo que eu devia ter consumido alguma coisa, mas o engraçado da estória é saber que eu fui expulso de um BAR. De um BAAARRR!!!!
Local que eu nunca frequento kekekekekekeke. Que tosco cara... Será que muita gente aí já foi expulsa de bar sem sequer ter bebido ou criado confusão?? É uma senhor desafio esse...

Depois vocês comentam.


To be continued...

No próximo post, a viagem de trem pra (lugar sutaque do Mario) Venezia!!!!



Ciao!!!